Criado pelo jornalista, cantor, compositor e ativista Mombaça, o Vem Vencer pretende responder às ofensas deploráveis cada vez mais comuns.
Mombaça (a dir.), criador do Vem Vencer: arte para banir o racismo
(foto: Divulgação/Facebook)
Olá.
Recentemente dois casos brotaram na mídia, mas a prática lamentável tem se banalizado no Brasil. A jornalista Maria Julia Coutinho, que apresenta as previsões do tempo no Jornal Nacional, e o cantor de funk Nego do Borel foram hostilizados publicamente por serem negros. Ela teve seu perfil inundado de ofensas e desaforos - que foram rechaçados por uma onda de apoio muito grande. Ele ouviu em um show uma pessoa proferir palavras ofensivas e foi tomar satisfações, resultando numa confusão generalizada.
Há pouco mais de um ano, vimos uma torcedora do Grêmio ser flagrada xingando o goleiro Aranha, do Santos. Por sua atitude, sua casa foi depredada e sua vida tornou-se um problema. Vimos o jogador do Barcelona Daniel Alves responder a atitude deplorável de parte da torcida adversária de jogar bananas no campo, comendo uma delas antes de bater um escanteio.
Antes velado, o racismo (ou as manifestações mais acintosas), vem crescendo paulatinamente no Brasil, um dos últimos países a abolir a escravidão. E os dois casos mostram que não só há uma forte onda racista no país como muitos desafiam a lei ao manifestarem publicamente os mais mórbidos preconceitos - seja nas redes sociais, seja em locais públicos. E racismo é um crime inafinaçável.
Em junho de 2014, uma iniciativa bem legal surgiu para responder à onda de racismo contra jogadores de futebol profissional, tendo como pano de fundo a realização, aqui, da Copa do Mundo, a fim de criar um ambiente de reflexão sobre essa prática ainda comum, infelizmente. O Vem Vencer foi criado pelo jornalista, cantor, compositor e ativista Mombaça e contou com apoio de artistas e voluntários.