sábado, 29 de agosto de 2015

Compra de likes: os riscos de uma prática comum, mas irregular

Celebridades com perfis nas redes sociais procuram medir sua popularidade por meio dos likes ou curtidas que recebem nesses locais virtuais. Mas nem todos alcançam tais números organicamente

Olá.


Esse é um assunto polêmico: compra de likes ou curtidas. Em algum momento você já deve ter ouvido falar sobre isso. Ou algum colunista publicou que determinado artista compra curtidas para sua página no Facebook. Ou seguidores no Twitter. Ou likes no Instagram ou no YouTube. Recentemente, eu li um caso desse tipo - e não vou citar para não capitalizar em cima do mau exemplo dos outros.



Celebridades com perfis nas redes sociais procuram medir sua popularidade por meio dos likes ou curtidas nesses locais virtuais como Facebook e Instagram. Algumas delas possuem centenas de milhares, até mesmo milhões de curtidas em seus perfis ou fan-pages.

Mas saiba que nem todos alcançam este número organicamente, e sim recorrem a profissionais que vendem um lote de curtidas por preços baixos. Na música, essa prática é ainda mais corriqueira. Incentivada. E não é uma iniciativa restrita ao Brasil. Mas é polêmica e arriscada.

Num artigo publicado no site Brasil Post, o cantor Yann contou que testou a prática e que se sentiu como um vendido para a indústria. "Nem todo mundo precisa dessa falsa popularidade, e acredito que, no final das contas, não é isso que determina se você vai ter sucesso em sua carreira", disse o cantor.

Ele conta que grande parte do meio musical valoriza o artista com base na popularidade online. O produtor musical Pena Schmidt, no mesmo Brasil Post, faz uma reflexão na mesma direção, ressaltando que a indústria fonográfica perdeu o parâmetro das vendas de discos com a chegada do digital no meio.



"Cada vez mais esta avaliação se distancia da relação entre o artista e sua performance industrial e se aproxima de uma relação entre sua persona virtual com seus fãs, pelas recomendações, pelo boca a boca, por hypes construidos e por explosões imprevisíveis em esferas da vida social, longe da mídia, da indústria ou de qualquer território controlado", destacou o produtor.



Comprar likes, curtidas ou algo do tipo pode parecer tentador ou vantajoso a um primeiro momento, mas a prática pode se revelar mais problemática do que se imagina. Pode até se configurar num crime.



Nesta reportagem do site do jornal O Estado de Minas, especialistas afirmam que quem recorre a esta prática pode estar colaborando com um crime. Isso porque caso os seguidores prometidos nos anúncios sejam reais – e não de perfis falsos –, existe a possibilidade de os dados terem sido obtidos por malwares instalados nos computadores das vítimas, de acordo com o texto.



O like é uma métrica, ou seja, uma medida do desempenho de sua fan-page ou perfil. É a métrica mais popular, embora analistas de mídias sociais não a considerem como a mais eficiente forma de medir a audiência e a popularidade. 



O problema é que, adequada ou não, likes e curtidas são métricas, parâmetros de análise e comparação. Se você decide optar por uma estratégia de comprar curtidas, não há garantia de que haverá a segmentação do público que irá curtir a sua página - são curtidas aleatórias - e pior, de robôs, perfis falsos, de pessoas que não existem.



Entenda: redes sociais são canais de marketing. São onde seus produtos e serviços estarão expostos. No nosso caso, estamos tratando basicamente de imagem - que é a marca de um artista. E comprar likes e curtidas não necessariamente significam fãs (no sentido real da palavra).



Sabe aquela frase de artistas aparentemente decadentes ou de pouca projeção: "são poucos, mas fieis"? É a fidelidade que assegura a venda de CDs, DVDs, ingressos para shows e apresentações etc etc.. 



Resumindo: porque evitar comprar cliques?



Primeiro, porque as redes sociais em geral não gostam da prática - YouTube, Facebook e Twitter, por exemplo, alertam claramente para o risco de perder a conta caso seja comprovada a prática. Principalmente quando se trata de robôs e programas espiões.



Pode ser configurado como crime - caso se comprove que a técnica usada para alavancar os likes utilizou-se de robôs - e eles capturaram dados pessoais de pessoas verdadeiras - o comprador pode ser enquadrado como criminoso digital.

Outra razão é a perda de credibilidade: um artista que seja pego comprando curtidas pode ser visto como uma pessoa que comete plágio ou que não tem criatividade suficiente para criar uma obra artística. Sim, porque se os fãs são comprados, como saber se a obra é original? Os riscos nem sempre compensam o investimento.

A prática induz ao erro. Sugere uma popularidade que não existe. E, enquanto não descoberto, cria uma distorção, pois torna-se mais difícil medir a qualidade que os números comprados podem supor. Sem eles, a visão sobre a obra e seu autor continua a mesma?

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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Quem são os principais nomes do streaming?

Capítulo 4
No geral, o modelo de negócios é semelhante: assinantes pagos, com acesso irrestrito a acervos mediante mensalidade baixa, e gratuitos, que ouvem música de modo mais restrito e com publicidade

Cada vez mais a oferta de música digital cresce por meio do streaming
(Imagem: reprodução internet)

Olá.

Volto ao tema do streaming, depois de um bom tempo... E nos posts anteriores, você pôde ler um pouco sobre os conflitos dos artistas com as principais plataformas de streaming. Como você sabe, aqui no Brasil, músicos estão brigando para elevar a remuneração paga sob a rubrica direitos autorais pelas plataformas de streaming. A discussão não é restrita apenas ao nosso país - lá fora surgiu até mesmo uma nova marca para atender aos interesses dos cantores.

O streaming, para recordar, é uma plataforma baseada na internet em que os usuários se cadastram para ouvir de forma instantânea músicas selecionadas diante de um cardápio de opções, geralmente dividido por gêneros ou classes musicais (os chamados "estados de espírito"). Tecnicamente, a execução ocorre sem a necessidade de download, ou seja, não é preciso baixar o arquivo para o dispositivo em questão. Essa tecnologia está disponível para áudios e vídeos e ganhou força com a expansão da banda larga e dos smartphones.

Mas quem são os principais serviços de streaming? E o que diferencia cada site de música? No geral, o modelo de negócios é semelhante: há espaço para assinantes pagos, que têm acesso irrestrito ao acervo mediante uma mensalidade baixa, e assinantes gratuitos, que ouvem música de modo mais restrito em relação aos pagos - basicamente bancados com a veiculação de publicidade.

O que diferencia os serviços de streaming, basicamente é a oferta de músicas - alguns superam a marca de 20 milhões de títulos - e alguns pontos no modelo de negócios. A vantagem do streaming em relação à compra de downloads é que não é necessário armazenar os arquivos, o que favorece a quem ouve música por celulares e tablets.

Nos últimos anos, um número cada vez maior de pessoas tem deixado de lado os downloads, e seguido na direção do streaming e por isso, globalmente falando, esses serviços elevaram a receita da indústria fonográfica. E é exatamente pela característica do streaming que se pode controlar melhor o direito autoral.

Então, quem são os principais nomes do mercado de streaming?

Os serviços de streaming mais conhecidos são Spotify, Deezer e Rdio, mas outras iniciativas, como Google Play, ganham espaço. No Brasil, surgiu o Superplayer e existem outras iniciativas, mais antigas, nesse caminho. Veja abaixo os principais serviços de streaming de música disponíveis no Brasil.

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