quarta-feira, 29 de abril de 2015

Músicos x streaming - uma luta nada fácil

Capítulo I

No Brasil e no mundo, a música digital vive um momento singular: enquanto a pirataria perde espaço para o download legal e o streaming, artistas lutam por uma remuneração que considerem mais justa.

Música no celular: streaming sob pressão de cantores e autores

Olá.


No Brasil e no mundo, a música digital vive um momento singular: enquanto a pirataria perde espaço para o download legal e o streaming, artistas lutam por uma remuneração que considerem mais justa. Nessa linha, cresce o debate sobre direitos autorais para músicos devido à adesão cada vez maior de pessoas a serviços de streaming. Uma luta nada fácil.

Um estudo do Centro de Inteligência Competitiva para Parques Tecnológicos, a pedido da Secretaria da Ciência e Tecnologia de Pernambuco, citou dados de um levantamento anual da International Federation of the Phonographic Industry, segundo os quais o mercado global da música registrou crescimento de receita totais em 2012 – que combinam vendas digitais e físicas – para  US$ 16,5 bilhões, sendo que downloads e assinaturas somaram quase US$ 6 bilhões.

Em paralelo, o estudo frisa a queda nas vendas físicas (CDs e DVDs, por exemplo). O ponto central, nesse contexto, é a discussão sobre a remuneração dos serviços de streaming a cantores e compositores. O tema não é novo, e nem exclusivo do Brasil, entretanto, por aqui a discussão ganhou força com a decisão do Google de recorrer à Justiça contra o pagamento de direitos autorais pela execução de músicas no YouTube

Em paralelo, o debate ganhou peso mesmo por causa do artigo "Precisamos conversar sobre streaming", de Carlos Taran, empresário de músicos, disponível no SlideShare (o documento encontra-se disponível no fim do post). 

Quem não está a par dessa discussão ou não entende nada das modernidades digitais, o blog pretende ajudar a "arrumar os pensamentos", "alinhar os cartuchos", numa série de posts sobre o tema, num momento em que segmentos culturais debatem novas formas de receita diante dos novos paradigmas de comunicação, entretenimento, informação e lazer.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Globo, 50 anos: a grande interrogação é a audiência

Bilionária, a TV Globo chega aos 50 anos ainda ostentando o título de líder de audiência, mas longe do patamar que se verificava em grande parte de sua trajetória. Uma coisa é clara: a audiência mudou, a Globo está consciente e tenta se antecipar a algo que ainda não é completamente conhecido.


50 anos depois de entrar no ar, a TV Globo enfrenta o desafio de manter-se relevante num cenário de profundas mudanças de hábitos

Olá.

A TV Globo é a maior produtora de conteúdo do país, a maior emissora de TV brasileira e uma das maiores do mundo e chega a seu cinquentenário com um acervo de produções que movimenta uma grande parte da cadeia do audiovisual, pauta toda a cobertura do mercado de mídia e carrega consigo uma cadeia de "filhotes" na TV paga e em outras frentes, que ajudam a formar o hoje lucrativo  Grupo Globo, com resultado líquido de R$ 2,35 bilhões e receitas superiores a R$ 16 bilhões.

Dados da própia Globo apontam a produção de 2.500 horas de entreteninento, 39% de share (participação no total de TVs ligadas), 130 títulos licenciados para mais de 170 países e o uso de 35 câmeras 4K, para produções em alta definição.

Bilionária, a TV Globo chega aos 50 anos ainda ostentando o título de líder de audiência, mas longe do patamar que se verificava em grande parte de sua trajetória. Por outro lado, especialistas do ramo creditam os ainda bons resultados à boa qualidade técnica e artística que a emissora sempre assegurou em suas produções. 

Em entrevista ao jornal Valor Econômico (acessível apenas para assinantes), os três filhos do jornalista Roberto Marinho, Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto, fazem um balanço dos 50 anos da emissora e tentam projetar o futuro para a mídia TV e para a própria Globo, que tem sido cada vez mais difícil de se prever, dadas as novas tecnologias disruptivas que surgem a cada dia e mudam o modo de vida de milhões. Nela, os donos da emissora dão algumas pistas e indicam alguns cenários do que esperam para os próximos anos.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Xuxa S/A 2.0

Xuxa é uma figura altamente midiática. Aos 51 anos, a apresentadora ainda atrai a atenção das pessoas e da mídia. Todos foram beneficiados com a mudança, mas a dúvida, agora, é: como será a vida da Xuxa como marca?


Olá.

Passado o furor da notícia, uma das mais comentadas do mercado de TV e entretenimento, a contratação da apresentadora Xuxa Meneghel pela Rede Record siginifica muito mais do que uma nova emissora para ela, e sim o futuro de uma marca forte na indústria do entretenimento.

Xuxa ainda é uma figura altamente midiática. Aos 51 anos, a apresentadora mantém a atração da atenção das pessoas e da mídia como se estivesse no auge. Seu perfil no Facebook possuía, no momento em que digitava esse post, nos primeiros minutos de 16 de abril, 4.218.761 curtidas.

A capacidade de atração de holofotes e de repercussão de mídia começou a ser testada muito antes do anúncio oficial (e até algum tempo improvável), quando após 30 anos de TV Globo a apresentadora foi contratada pela Rede Record. 

A rumorosa contratação certamente está sendo observada por todos os concorrentes diretos, que se preparam para evitar derrotas no ibope. Por outro lado, anunciantes avaliam prós e contras de associar marcas a uma nova realidade.

Quando se analisa, mais detidamente, todo o processo de migração de Xuxa, é possível concluir que a Globo não ofereceu resistência e que todos foram beneficiados com a mudança, mesmo com perdas.

Para a Globo, a saída da Rainha dos Baixinhos representa uma economia bem-vinda num momento de contenção de despesas; para a Record, a contratação da loura pode ser dinheiro certo em caixa; para a Xuxa, uma nova chance de visibilidade, exposição e contratos; para o público, a oportunidade de vê-la em outras produções, com novos formatos.

A grande dúvida é: o que esperar da nova Xuxa? Como será a vida da Xuxa como marca?

segunda-feira, 13 de abril de 2015

TV: 5 máximas que norteiam a produção de uma atração

TV é audiência, custo, hábito, risco, linguagem



Olá.

A TV é uma das mais populares formas de entretenimento no Brasil. Assistir televisão é um hábito muito arraigado: uma pesquisa da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, divulgada em fevereiro deste ano, mostra que 95% das pessoas entrevistadas assistem TV e ficam expostos a essa mídia, em média, por 4:31 horas por dia, nos dias úteis, e por 4:14 horas nos fins de semana. 

A maior parte das pessoas assiste TV todos os dias da semana, com objetivo de se informar e de entretenimento.

Por isso, quem trabalha com televisão precisa ter em mente algumas premissas que ajudam na tomada de certas decisões. E quem observa esse mercado precisa conhecê-las para compreender a dimensão de determinadas iniciativas que as emissoras de TV adotam. 

Essas máximas são importantes porque por elas pode-se enxergar melhor quando determinadas produções entram ou saem de uma grade, ou ainda porque são reformuladas. Confira.

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