Tão relevante como o jornal, a revista tem um diferencial em relação ao seu par impresso: seu conteúdo é menos perecível
No Brasil existem cerca de 4,7 mil títulos em circulação
Olá.
Nos posts anteriores, comentei a respeito da importância de se ter um relacionamento com a imprensa, destaquei como ela funciona, em geral, e abordei como se dá, em linhas gerais, o funcionamento de um jornal impresso. Agora, o foco é a revista. Tão relevante como o jornal, a revista tem um diferencial em relação ao seu par impresso: é menos perecível.
O mercado de revista passa por um momento de transição. A crise econômica e a mudança de hábitos, especialmente com a internet cada vez mais móvel, tem causado uma retração no setor revisteiro.
Dados mais recentes indicam que o Brasil é o sexto maior mercado global em número de títulos de revistas, com aproximadamente 4.700 títulos - deve haver alguma revisão, pois em 2014, alguns foram fechados ou migraram integralmente para a internet. Em 2013, circularam ao todo 382 milhões de exemplares de revistas - 9% a menos do que os 418 milhões de exemplares de 2012.
Arrisco dizer que 2014 pode ter mantido esse número, mas é um palpite. Outros dados, estes os mais recentes do Projeto Inter-Meios, indicam que entre janeiro e outubro de 2014 as revistas tiveram faturamento de cerca de R$ 1,2 milhão.
A informação é perecível: ela é nova enquanto você ainda não tomou conhecimento dela. Depois que você sabe do que se trata, a informação já ficou velha, pereceu. Nos jornais diários, o prazo de validade é de um dia. Nas revistas, a redação dos textos é feita obedecendo a enfoques que permitem um maior prazo de validade. Isso porque a periodicidade das revistas é maior. Elas podem ser semanais, quinzenais, mensais, bimestrais. Quanto maior o prazo, mais densas e frias são as reportagens.